sexta-feira, 3 de junho de 2011

Esperança


Não foram poucas as vezes que os olhos se fecharam mas a mente não parou. Dormiu e não descansou. Conversas longas com si mesmo – com Deus. A espera de uma resposta já dada e não ouvida. Tudo se encaminha, mas insiste em sentar na calçada durante o caminho. Criança manhosa? Pode até ser. O medo e o anseio de alcançar aquilo que tanto queria. A angustia de abrir mão daquilo que tem. Escolhas que mudam vidas – não só a sua. Ainda sim, poucos entendem, apoiam e acham válido. Mas não há dúvidas, somente em situações como essas é que se pode sentir o frescor da esperança. O interessante é que, a reflexão pessimista parece soar melhor que a esperançosa. Acho que deve ser pelo fato da verdadeira esperança nos fazer caminhar, enquanto o pessimismo, por vezes travestido de existencialismo, nos faz parar no meio da estrada e simplesmente ficar julgando a caminhada do próximo e a culpando pela nossa própria estagnação. O ciclo recomeça.
“Todavia, lembro-me também do que pode dar-me esperança: Graças ao grande amor do Senhor é que não somos consumidos, pois as suas misericórdias são inesgotáveis. Renovam-se cada manhã; grande é a tua fidelidade! Digo a mim mesmo: A minha porção é o Senhor; portanto, nele porei a minha esperança. O Senhor é bom para com aqueles cuja esperança está nele, para com aqueles que o buscam; é bom esperar tranqüilo pela salvação do Senhor.” (Lamentações 3:21-26) [Rod]